28 de novembro de 2010

AMORES NOTURNOS

É no silêncio da noite...

Que encontro o meu refúgio
É no silêncio da noite...
Que me vejo como eu sou.

Na noite e no silêncio que se faz,
Falo comigo e com meus amores.
Relembro com desdém o passado
E almejo ansiosamente o futuro.

É na noite calma, fria e serena
Que os anjos sossegam meu coração,
Inquieto e ardente por novas emoções
Nem ele mesmo, indolente como é, sabe lidar.

É assim, que eu e a noite - no silêncio - nos amamos.
Ela, acalentando assaz meu pequeno coração
E eu, me rendendo aos seus afagos e apelos,
Para no silêncio do meu quarto, conquistar a paz.

Eduardo Canesqui

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