8 de janeiro de 2011

Eu sou apenas alguém
Ou até mesmo ninguém
Talvez alguém invisível
Que admira a distância
Sem menor esperança
De um dia torma-me visível
E você? ??
És o motivo do meu amanhecer
e a minha angustia ao anoitecer
você é o brinquedo caro
e eu a criança pobre
A menina solitária que quer ter
o que não pode
Dona de um amor sublime
mas culpada por querê-lo
Como quem olha na vitrine
Mas jamais poderá tê-lo
Eu sei de todas suas tristezas e alegrias
Mas você não sabes
Nem da minha franqueza
Nem da minha covardia
Nem se quer que eu existo
é como um filme banal
Entre uma figurante
e o ator principal
Meu papel era irrelevante
para contracenar no final...

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